AULA 08/09/20 - 9º
ANO A/B – PORTUGUÊS
PROF. VANILDE DONEGÁ
TEMA DA AULA: ANÁLISE TEXTUAL E COESÃO SEQUENCIAL
Link da aula:https://www.pebsp.com/videos/9-ano-portugues-as-ciladas-da-tecnologia-08-09-2020/
AULA 10-09-20
TEMA AULA: VARIEDADES
LINGUÍSTICAS E CRASE
LINK DA AULA: https://www.pebsp.com/videos/9-ano-portugues-somos-amantes-da-norma-10-09-2020/
Linguagem é a capacidade humana de se comunicar. Ela
sofre variações, levando em conta o contexto de comunicação, o interlocutor e a
mensagem que se quer passar. Justamente por se adaptar às necessidades de
comunicação, é possível apontar duas formas diferentes de linguagem: a linguagem culta e a coloquial.
A linguagem culta
Outros nomes para a linguagem culta é formal e padrão. Essa é a linguagem utilizada em documentos oficiais do Governo, em documentos científicos, nos livros teóricos, em relatórios escolares e de trabalho, etc. Todo tipo de situação que exija uma comunicação formal se utilizará da linguagem culta.

A
linguagem culta é uma variação linguística muito prestigiada. Pessoas que sabem
se utilizar dessa variante têm mais chances de serem bem sucedidas em uma
entrevista de emprego, por exemplo. Importante dizer que pessoas que não sabem
utilizar essa variante são tidas, muitas vezes, como inferiores, situação que
gerou reflexão sobre o conceito de preconceito linguístico.
A linguagem coloquial
A linguagem coloquial é o oposto da linguagem formal. Essa variante é usada em situações informais de comunicação, como as conversas com amigos, com a família, bilhetes e cartas pessoais, mensagens na internet, etc. Essa variante, em oposição à linguagem culta, é espontânea, sem alto grau de elaboração.
Na
linguagem coloquial são permitidas as gírias, incorreções de coerência nominal e verbal, além
de contração de formas (para vira “pra”, você vira “cê” espera aí vira “peraí”,
etc.). Alguns vícios de linguagem, também chamados de articuladores de ideias,
podem ser usados na linguagem coloquial: aí, né, tipo assim, etc.
No
uso da linguagem coloquial ou popular também são permitidas as expressões
chamadas de expressões da fala ou de coloquialismos. Alguns exemplos desses coloquialismos são calma
aí, pega leve, se toca e vamos maneirar.
Da
mesma forma que a linguagem culta é tida como a variante de prestígio também é
possível apontar um fato importante sobre a linguagem coloquial: ela é acessível a
todos e qualquer falante. Nem todas as pessoas têm acesso ao estudo, onde
aprendem a usar a linguagem formal. Entretanto, desde que aprendem a falar, as
pessoas utilizam a linguagem coloquial, além de ouvi-la diariamente.
1) Conceito
A crase se caracteriza pela fusão da
preposição “a” com o artigo definido “a” (a + a = à). Como “a” (artigo,
preposição e pronome) e “à” têm o mesmo som, está feita a confusão na hora de
escrever. Ainda temos o “há”, mas isso é assunto para outra conversa.
Utiliza-se o termo crase também para
designar a contração da preposição “a” com “aquilo”, “aquele” e flexões.
Exemplo: Eu vou àquele lugar.
Princípio básico:
Não existe crase antes de
palavra masculina. Exemplos: Vou a pé. / Andou a cavalo. / Viajou a trabalho.
Por definição, o artigo
feminino determina apenas substantivos femininos. Exemplos: João foi à (a preposição + a artigo) escola. / Os documentos foram
apresentados às (a prep. + as art.) autoridades.
Macete:
Substitua a palavra antes da qual
aparece o a ou as por um termo masculino. Se o a ou as se transformar em ao ou
aos, existe crase; do contrário, não. Nos exemplos citados: João foi ao
concerto. / Os documentos foram apresentados aos juízes.
Efeitos colaterais:
Veja a falta que a crase pode fazer:
- Disse a juíza que o réu é
inocente. – A juíza é quem fez
a afirmação.
- Disse à juíza que o réu é
inocente. – Alguém fez a
afirmação à juíza.
—2)
Quando não há crase
Quando não há crase |
Exemplos |
Antes de substantivos masculinos |
Farei isso a pedido do cliente. / Vou a pé. /
Andou a cavalo. / Viajou a trabalho. Exceção: existe a crase quando se
pode subentender uma palavra feminina, especialmente “moda” e “maneira”:
sapatos à Luís XV (à maneira de Luís XV ). / Vou à (editora)
Melhoramentos. |
Antes de verbos |
Tenho um assunto a tratar com você. /
Condições a combinar. / Começou a sorrir quando dei a notícia. |
Antes de pronomes em geral (pessoais,
indefinidos, demonstrativos) |
A ela, a si, a nenhuma parte, a cada uma, a
ninguém, a nada, a certa hora, a essa hora, a qualquer hora. Vai dirigir-se a toda a família a
esta hora. / Não falou a ninguém. |
Antes do artigo indefinido “uma”. |
Apresentou-se a uma idosa. |
Nas locuções formadas por substantivos idênticos. |
Gota a gota / cara a cara / de parte a parte. |
Antes de expressões de tratamento, exceto
“senhora” e “senhorita”. |
Solicitamos a Vossa Excelência permissão para
sair. / Dedicarei minha vida a você. / Informo à senhorita e às senhoras que
o jantar está servido. |
Quando se subentende uma palavra de sentido
indefinido, como “uma”, “alguma”, “qualquer”, “certa”. |
Estava presa a [uma] terrível melancolia /
Crédito sujeito a [qualquer] aprovação. No entanto, se, por exemplo, a
aprovação for determinada, há crase: crédito sujeito à aprovação da
diretoria. |
Antes da palavra “casa” quando se refere ao
próprio lar. (Observe a ausência do artigo quando
nos referimos à própria casa: Saí de casa, estou em casa, passei em casa.) |
Link sobre crase (aula): https://www.youtube.com/watch?v=a1gE5B8wLdA
Link sobre crase (música): https://www.youtube.com/watch?v=w1XHT1aPkJI
AULA
11/09/20 – 9º ANO A/B – PORTUGUÊS
TEMA DA AULA: ANÁLISE TEXTUAL E FIGURAS DE LINGUAGEM
(inspiremo-nos)
Link da aula: https://www.pebsp.com/videos/9-ano-portugues-inspiremo-nos-11-09-2020/
O que é slam?
O slam é
uma competição de poesia falada criada nos Estados Unidos por Marc Smith, mais
especificamente em Chicago nos anos 1980 e trazido ao Brasil em 2008 por
Roberta Estrela D’Alva.
Originário do
inglês, o termo slam quer dizer batida. Algo semelhante a uma
pancada. No entanto, resumir essa palavra a apenas um significado é uma tarefa
difícil porque qualquer descrição que se faça nunca dará conta da amplitude que
essa vertente da cultura urbana alcançou nem do impacto que ela tem na vida de
inúmeras pessoas.
As batalhas de
poesia falada seguem algumas regras: poesias autorais de até três minutos sem a
utilização de objetos cênicos e sem acompanhamento musical. Corpo e voz são
elementos fundamentais! As notas são dadas por um júri popular que é escolhido
no momento da competição. Esta normalmente ocorre em três fases: geral,
semifinal e a final, que revela o poeta vencedor daquela edição.
Num slam são
recitadas poesias de temas livres, mas verifica-se, ao longo do tempo, que
grupos historicamente excluídos vêm se utilizando dessa expressão artística
como forma de reivindicar seus lugares de direito, de dar visibilidade às suas
lutas e se colocar como protagonistas de suas próprias histórias.
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