ATIVIDADE DA SEMANA DE 10/08/2020 LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: MARIA CRISTINA 1ªS SÉRIES
A, B, C E D
Argumentar significa expor ideias, manifestar
opiniões, enfim, revelar aquilo que realmente pensamos e acreditamos. Tal
premissa, uma vez remetida ao contexto relacionado à sala de aula, parece
ganhar ainda mais força quando o trabalho didático se volta para o contato com
os diferentes gêneros, os quais retratam como peculiaridade principal o
exercício da cidadania.
A
LEITURA DEVE SER OBRIGATÓRIA?
A
importância da leitura parece incontestável. O escritor e desenhista Ziraldo
costuma repetir que ler é melhor do que estudar. Como professor, concordo com
ele. Estudar muito não leva necessariamente ao hábito da leitura. Em
contrapartida, o hábito da leitura ajuda muito tanto a estudar quanto a ter bom
desempenho nos testes de avaliação.
Quem
lê muito não costuma rejeitar gêneros, “traçando” desde bula de remédio até
poesia e romance, sem deixar de passar pelas histórias em quadrinhos e pelas
notícias de jornal. A leitura de textos literários mostra-se especialmente refinada,
porque sempre leva o leitor a acompanhar os acontecimentos narrados por outra
perspectiva que não a sua. A habilidade de ver as coisas por uma perspectiva
diferente da sua é fundamental para resolver quaisquer dilemas que se
apresentem em casa, na sala de aula, na rua, no laboratório, no escritório ou
no palácio do governo. Essa habilidade se aprende e se estimula com a leitura
de ficção.
Estas considerações podem levar o leitor mais
apressado a concluir que a leitura na escola deve ser totalmente livre e
voluntária. Como já chamei esse leitor de “apressado”, os demais, bons
leitores, perceberam que não concordo com a conclusão. Nos anos 70 do século
passado, defendeu-se a leitura por prazer: os alunos só deveriam ler o que
gostassem. Hoje em dia, para tantos adolescentes isso significaria ler apenas
mensagens de twitter. Na verdade, a escola deve sim encontrar várias formas de
promover o hábito da leitura, mas sem abdicar de indicar regularmente algumas
leituras obrigatórias. Não é obrigatório que o aluno ao final goste da leitura
obrigatória, mas sim que goste da reflexão, da discussão, do debate, da
provocação.
Em
resumo: a leitura obrigatória é obrigatória sim, desde que o professor mostre
seu entusiasmo com as leituras que indica. A leitura obrigatória deve ser
acompanhada de outras formas de estímulo à leitura, a serem inventadas pelo
professor e pelos alunos. Gustavo Bernardo Adaptado de Conversas com um
professor de literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.
1)
No
primeiro parágrafo, o autor defende a seguinte ideia principal sobre a
atividade de estudar:
(A) está ultrapassada
(B) (B) é facilitada pela leitura
(C) (C) é um hábito desenvolvido
(D) (D) é garantia de bons resultados
(E) (E) está relacionada com concursos
2) Em um dos parágrafos, o autor apresenta
os benefícios da leitura de um tipo de texto específico. Esse parágrafo é o de
número:
(A) um (B) dois (C) três (D) quatro (E)
cinco
3)
Nas
linhas 13 e 14, o autor diz que o “leitor apressado” pode chegar a uma
conclusão da qual ele discorda. Neste caso, “apressado” tem sentido contrário
de:
(A) atento (B) limitado (C) agradável (D)
sossegado (E) precipitado
4) O twitter é uma rede social virtual em
que as pessoas enviam e recebem apenas textos muito curtos. Considerando isso,
o ponto de vista do autor expresso na frase citada pode ser caracterizado como:
(A) crítico (B) neutro (C) inexato (D)
otimista (E) infundado
Disponível em : http://www.macae.rj.gov.br/midia/conteudo/arquivos/1384181143.pdf