terça-feira, 11 de agosto de 2020

ATIVIDADE DA SEMANA DE 10/08/2020 LÍNGUA PORTUGUESA 

PROFESSORA: MARIA CRISTINA 1ªS SÉRIES A, B, C E D

Argumentar significa expor ideias, manifestar opiniões, enfim, revelar aquilo que realmente pensamos e acreditamos. Tal premissa, uma vez remetida ao contexto relacionado à sala de aula, parece ganhar ainda mais força quando o trabalho didático se volta para o contato com os diferentes gêneros, os quais retratam como peculiaridade principal o exercício da cidadania.  

 

A LEITURA DEVE SER OBRIGATÓRIA?

A importância da leitura parece incontestável. O escritor e desenhista Ziraldo costuma repetir que ler é melhor do que estudar. Como professor, concordo com ele. Estudar muito não leva necessariamente ao hábito da leitura. Em contrapartida, o hábito da leitura ajuda muito tanto a estudar quanto a ter bom desempenho nos testes de avaliação.

Quem lê muito não costuma rejeitar gêneros, “traçando” desde bula de remédio até poesia e romance, sem deixar de passar pelas histórias em quadrinhos e pelas notícias de jornal. A leitura de textos literários mostra-se especialmente refinada, porque sempre leva o leitor a acompanhar os acontecimentos narrados por outra perspectiva que não a sua. A habilidade de ver as coisas por uma perspectiva diferente da sua é fundamental para resolver quaisquer dilemas que se apresentem em casa, na sala de aula, na rua, no laboratório, no escritório ou no palácio do governo. Essa habilidade se aprende e se estimula com a leitura de ficção.

 Estas considerações podem levar o leitor mais apressado a concluir que a leitura na escola deve ser totalmente livre e voluntária. Como já chamei esse leitor de “apressado”, os demais, bons leitores, perceberam que não concordo com a conclusão. Nos anos 70 do século passado, defendeu-se a leitura por prazer: os alunos só deveriam ler o que gostassem. Hoje em dia, para tantos adolescentes isso significaria ler apenas mensagens de twitter. Na verdade, a escola deve sim encontrar várias formas de promover o hábito da leitura, mas sem abdicar de indicar regularmente algumas leituras obrigatórias. Não é obrigatório que o aluno ao final goste da leitura obrigatória, mas sim que goste da reflexão, da discussão, do debate, da provocação.

Em resumo: a leitura obrigatória é obrigatória sim, desde que o professor mostre seu entusiasmo com as leituras que indica. A leitura obrigatória deve ser acompanhada de outras formas de estímulo à leitura, a serem inventadas pelo professor e pelos alunos. Gustavo Bernardo Adaptado de Conversas com um professor de literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.

1)      No primeiro parágrafo, o autor defende a seguinte ideia principal sobre a atividade de estudar:

(A)  está ultrapassada

(B)  (B) é facilitada pela leitura

(C)  (C) é um hábito desenvolvido

(D)  (D) é garantia de bons resultados

(E)  (E) está relacionada com concursos

 

2)      Em um dos parágrafos, o autor apresenta os benefícios da leitura de um tipo de texto específico. Esse parágrafo é o de número:

(A) um (B) dois (C) três (D) quatro (E) cinco

 

3)      Nas linhas 13 e 14, o autor diz que o “leitor apressado” pode chegar a uma conclusão da qual ele discorda. Neste caso, “apressado” tem sentido contrário de:

(A)  atento (B) limitado (C) agradável (D) sossegado (E) precipitado

 

4)      O twitter é uma rede social virtual em que as pessoas enviam e recebem apenas textos muito curtos. Considerando isso, o ponto de vista do autor expresso na frase citada pode ser caracterizado como:

(A)  crítico (B) neutro (C) inexato (D) otimista (E) infundado

 

Disponível em : http://www.macae.rj.gov.br/midia/conteudo/arquivos/1384181143.pdf