PROFESSORA
MARIA CRISTINA LÍNGUA PORTUGUESA 1ªS SÉRIES A, B. C E D
ESSA ATIVIDADE VALE NOTA CADA QUESTÃO VALE 1,0
MANDEM SOMENTE
LETRA QUE VOCÊ ESCOLHEU PARA CADA QUESTÃO NOS GRUPOS DE WHATSAPP
DESCRITOR: DISTINGUIR FATO DE OPINIÃO
Senhora
Aurélia passava agora as noites
solitárias. Raras vezes aparecia Fernando, que arranjava uma desculpa qualquer
para justificar sua ausência. A menina que não pensava em interrogá-lo, também
não contestava esses fúteis inventos. Ao contrário buscava afastar da conversa
o tema desagradável.
[...]
Pensava ela que não tinha nenhum
direito a ser amada por Seixas; e, pois, toda a afeição que lhe tivesse, muita
ou pouca, era graça que dele recebia. Quando se lembrava que esse amor a
poupara à degradação de um casamento de conveniência, nome com que se decora o
mercado matrimonial, tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu Deus e
redentor.
Parecerá estranha essa paixão veemente,
rica de heroica dedicação, que, entretanto, assiste calma, quase impassível, ao
declínio do afeto com que lhe retribuía o homem amado, e se deixa abandonar,
sem proferir um queixume, nem fazer um esforço para reter a ventura que foge.
Esse fenômeno devia ter uma razão
psicológica, de cuja investigação nos abstemos; porque o coração, e ainda mais
o da mulher que é toda ela, representa o caos do mundo moral. Ninguém sabe que
maravilhas ou que monstros vão surgir nesses limbos.
ALENCAR, José de. Capítulo VI. In: __.
Senhora. São Paulo: FTD, 1993. p. 107-8. Fragmento.
1) O narrador revela uma opinião no trecho:
(A) “Aurélia passava agora as noites solitárias. ”
(1° parágrafo)
(B) “...buscava afastar da conversa o tema
desagradável. ” (1° parágrafo)
(C) “...tinha impulsos de adorar a Seixas, como seu
Deus...” (3° parágrafo)
(D) “...e se deixa abandonar, sem proferir um
queixume, ...” (4° parágrafo)
(E) “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica,
...” (último parágrafo)
Segunda-feira, 15 de junho de 1942
Minha festa de aniversário foi no domingo à tarde.
O filme de Rin Tin Tin fez o maior sucesso entre minhas colegas de escola.
Ganhei dois broches, um marcador de livros e dois livros.
Vou começar dizendo algumas coisas sobre minha
escola e minha turma, a começar pelos alunos.
Betty Bloemendaal [...] mora numa rua que não é muito
conhecida, no lado oeste de Amsterdã, e nenhuma de nós sabe onde fica. Ela se
dá muito bem na escola, mas é porque estuda muito [...]. É muito quieta.
Jacqueline van Maarsen é, talvez, minha melhor
amiga, mas nunca tive uma amiga de verdade. No começo, achei que Jacque seria
uma, mas estava redondamente enganada.[...]
Henry Mets é uma garota legal, tem um jeito alegre,
só que fala em voz alta e parece mesmo uma criança quando estamos brincando no
pátio. [...]
Hanneli Goslar [...] é meio estranha. Costuma ser
tímida – expansiva em casa, mas reservada quando está perto de outras pessoas.
Conta para a mãe tudo que a gente diz a ela. Mas ela diz o que pensa, e
ultimamente passei a admirá-la bastante. [...]
Nannie van Praag-Sigaar é pequena, engraçada e sensível.
Apesar de só ter 12 anos, é a própria lady. Age como se eu fosse um
bebê. Além disso, é muito atenciosa, e eu gosto dela. [...]
FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Rio de
Janeiro: BestBolso, 2010. Fragmento.
2) Nesse texto, há um fato no trecho:
A) “Minha festa de aniversário foi no domingo à tarde.”. (2° parágrafo)
B) “Jacqueline van Maarsen é, talvez, minha melhor amiga,...”. (5°
parágrafo)
C) “... achei que Jacque seria uma, mas estava [...] enganada.”. (5°
parágrafo)
D) “Henry Mets é uma garota legal,...”. (6° parágrafo)
E) “... é muito atenciosa, e eu gosto dela.”. (último
parágrafo)
O maravilhoso mundo dos ricos
A crise existe, é forte, mas nunca
atinge a todos. Nos próximos dias, será lançado em São Paulo, no Jardins,
um prédio de luxo cuja cobertura está sendo vendida por 19,5 milhões de reais.
Isso mesmo: cerca de 6,5 milhões de dólares pelos seus 1.152 metros quadrados.
Para quem estiver interessado mas, eventualmente, ainda não tiver toda essa
grana na mão: o apartamento pode ser para em até 34 meses.
(VEJA, nº19, 12/05/2004. p.37.)
3) “A crise existe, é forte, mas nunca atinge
a todos”. Para reforçar essa idéia, o autor utiliza como argumento o fato de
(A)
um apartamento de luxo ser vendido por 19,5 milhões de reais.
(B) um apartamento de
luxo ser vendido em dólares.
(C) um apartamento de
luxo estar localizado nos Jardins.
(D) um apartamento de
luxo ter 1.152 metros quadrados.
O vaivém
Era um dia um velho
chamado Zusa, que trabalhava pelo ofício de carapina. A sua oficina era um
brinco, sempre muito asseada, a ferramenta muito limpa, tudo nos seus lugares.
Mas a mania do velho
era batizar cada ferramenta com um nome apropriado. O martelo chamava-se Toc
Toc, o formão, Rompe-Ferro, o serrote, Vaivém.
Quando um carapina do
lugar precisava de uma ferramenta corria logo à oficina do Zusa, a pedir-lhe de
empréstimo.
Mas, tantas lhe
fizeram, demorando a entrega ou ficando com as ferramentas algumas vezes, que o
velho resolveu parar com os empréstimos.
Certo dia foi à oficina
um menino, de mando do pai, e disse:
– Papai manda-lhe
muitas lembranças e também pedir-lhe emprestado o Vaivém.
Mestre Zusa pôs as
cangalhas no nariz e respondeu:
– Menino, volta e diz
a teu pai que se Vaivém fosse e viesse, Vaivém ia, mas, como Vaivém vai e não
vem, Vaivém não vai. GOMES, Lindolfo.
Disponível em:
<http://www.webartigos.com/articles/46608/1/OS-DIVERSOS-TIPOS-DTEXTOS/pagina1.html>.
Acesso em: 25 abr. 2011.
4) O trecho que
apresenta marcas de opinião do narrador é:
A) “Era um dia um velho chamado Zusa,...”. (1°
parágrafo)
B) “A sua oficina era um brinco, sempre muito
asseada,...”. (1° parágrafo)
C) “O martelo chamava-se Toc Toc, o formão,
Rompe-Ferro,...”. (2° parágrafo)
D) “Mas, tantas lhe fizeram, demorando a
entrega...”. (4° parágrafo)
E) “Certo dia foi à oficina um menino, de mando do
pai,...”. (5° parágrafo)
A bola
O pai deu uma bola de
presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola
do pai. (...)
O garoto agradeceu,
desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia
quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar
a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? –
perguntou.
— Como, como é que
liga? Não se liga.
O garoto procurou
dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de
instrução?
O pai começou a desanimar
e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual
de instrução.
— O que é que ela
faz?
— Ela não faz nada.
Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta...
— Ah, então é uma
bola.
— Claro que é uma
bola.
— Uma bola, bola. Uma
bola mesmo.
— Você pensou que
fosse o quê?
— Nada não...
(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.)
5) O fato incomum, no texto,
aparece quando o menino
(A) começou a girar a bola, à procura de alguma
coisa.
(B)
demonstrou o que sabia fazer com uma bola.
(C)
concluiu que era mesmo uma bola.
(D) não
pensou nada em relação ao que era o presente.
Futilidade pública
Espantei-me ao abrir o jornal [6/10], (...) trouxe
uma lição de consumismos, sobre roupas para usar em eventos únicos. É difícil
de acreditar que, em meio a tantas mudanças e polêmicas, esse foi considerado o
assunto mais importante a ser tratado.
Acho que vale lembrar que vivemos num país onde,
apesar de o voto ser obrigatório, as pessoas são muito pouco politizadas. Temos
de mudar isso, começando por nós mesmos; os jovens. O papel irrefutável que a
média tem é evidenciar isso, mostrar o quão importante e o envolvimento na vida
pública. – [...]
NOGUEIRA, Lílian. Folha de S. Paulo, São
Paulo, 13 out. 2008. Fragmento.
6) No texto, em relação ao fato de os jovens não se envolverem na vida
pública há uma opinião em
A) “Espantei-me ao abrir o jornal...”.
B) “...sobre roupas para usar em eventos...”.
C) “...apesar de o voto ser obrigatório,...”.
D) “...as pessoas são muito pouco politizadas.”.
Soneca sem culpa
Juliana Tiraboschi
Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde.
Mas o sono ainda é cercado de desconhecimentos e
mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. “Isso é mentira”, diz Marco
Túlio de Mello, chefe da disciplina de Medicina e Biologia do sono do
Departamento de Psicologia da Unifesp. “Acontece que a média da população
precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos
dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que
requerem mais de 8 horas.”
A siesta é outro tema que desperta opiniões
controversas.
Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é
um merecido descanso, outros veem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez
mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a
recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração.
“Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde”, diz
Mello. [...]
E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de
preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas
diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado.
Não é um ótimo argumento?
GALILEU. São Paulo: Abril. set. 2008. n. 206. p. 26. Adapatado: Reforma
Ortográfica
7) No Texto, há uma opinião em
A) a siesta desperta opiniões controversas.
B) o sono ainda é cercado de mistérios e mitos.
C) a média da população precisa de 7h40 de sono.
D) a soneca é ótima para quem vai trabalhar à tarde.
E) o cochilo diário turbina a memória e o aprendizado.
Zap
Não faz muito que temos esta nova TV com
controle remoto, mas devo dizer que se trata agora de um instrumento sem o qual
eu não saberia viver. Passo os dias sentado na velha poltrona, mudando de um
canal para outro – uma tarefa que antes exigia certa movimentação, mas que agora
ficou muito fácil. Estou num canal, não gosto – zap, mudo para
outro. Não gosto de novo – zap, mudo de novo. Eu gostaria de ganhar em dólar num mês o número de vezes
que você troca de canal em uma hora, diz minha mãe. Trata-se de uma pretensão
fantasiosa, mas pelo menos indica disposição para o humor, admirável nessa
mulher.
SCLIAR, Moacyr. Disponível em:
<http://www.releituras.com/mscliar_zap.asp>. Acesso em: 10 nov. 2010.
Fragmento.
8) Nesse texto, o narrador emite uma opinião sobre o controle remoto no trecho:
A) “Não faz muito que temos esta nova TV com controle remoto,...”.
B) “... se trata agora de um instrumento sem o qual eu não saberia
viver.”.
C) “Passo os dias [...], mudando de um canal para outro...”.
D) “... uma tarefa que [...] agora ficou muito fácil.”.
E) “Estou num canal, não gosto – zap, mudo para outro.”.
Não se perca na rede
A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física
nuclear, de cinema a biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites
sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de informações pode atrapalhar. Como
chegar ao que se quer sem perder tempo? É para isso que foram criados os
sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos usuários, eles
são um filão tão bom que já existem às centenas também. Qual deles escolher?
Depende do seu objetivo de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo
(Google, por exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros
são nacionais ou estrangeiros com versões específicas para o Brasil (Cadê,
Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas “com.br”.
(Paulo D’Amaro) Disponível em:
<http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>. Acesso em Julho
/2008.
O artigo foi escrito
por Paulo D’Amaro. Ele misturou informações e análises do fato.
9) O período que
apresenta uma opinião do autor é
(A) “foram criados sistemas de busca.”
(B) “essa avalanche de informações pode atrapalhar.”
(C) “sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.”
(D) “A internet é o maior arquivo público do mundo.”
(E) “Há vários tipos.”
O primeiro dia do programa “Mais Médicos” foi
marcado por faltas e desistências por parte dos médicos brasileiros. Em algumas
cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhum dos profissionais selecionados
compareceu às unidades de saúde a que foram alocados — entre os que faltaram,
uma parte nem sequer justificou sua ausência. Segundo as secretarias de saúde,
alguns profissionais chegaram a comunicar oficialmente sua desistência do
programa federal.
Na capital carioca, o número de faltosos foi maior
do que o de presentes. Eram esperados dezesseis profissionais, mas para o azar
da população e descrédito do programa, só seis se apresentaram. Todos os que
trabalharão na cidade são brasileiros e apenas um passa pelo curso de
requalificação por ter se formado na Espanha — o que explica a ausência.
.(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/mais-medicos-comeca-com-faltas-e-desistencias)
10) Podemos perceber uma opinião expressa em:
(A) “O primeiro dia do programa Mais Médicos foi
marcado por faltas e desistências...”
(B) “... alguns profissionais chegaram a comunicar
oficialmente sua desistência do programa federal.”.
(C) “... mas para o azar da população e descrédito do programa, só seis
se apresentaram”.
(D) “Todos os que trabalharão na cidade são
brasileiros e apenas um passa pelo curso de requalificação.”.
(E) “… e apenas um passa pelo curso de
requalificação por ter se formado na Espanha — o que explica a ausência.”.