Habilidade
Selecionada: D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.
Professora: Maria Cristina :1ªs
séries A,B,C e D do Ensino Médio
Bom dia Flores do Dia e Cravos
do Campo, essa habilidade é muito simples de reconhecer, ou seja, vocês poderão identificar quais palavras estão sendo
substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuidade do texto e a
compreensão do sentido. Prestem atenção ao exemplo abaixo:
A Ciência é Masculina?
Attico Chassot Editora Unisinos, RS (51) 590-8239. 104 págs. .
O autor procura mostrar que a
ciência não é feminina. Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa
situação é o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram
laureadas em 202 anos de premiação. O livro apresenta duas hipóteses, uma
histórica e outra biológica, para a possível superação do machismo em frase
como a de Hipócrates (460-400 a.C.) considerado o pai da medicina, que
escreveu: “A língua é a última coisa que morre em uma mulher”. Revista GALILEU,
Fevereiro de 2004
A expressão “dessa situação” (? . 2)
refere-se ao fato de
(A) a ciência não ser feminina.
(B) a premiação possuir 202 anos.
(C) a língua ser a última coisa que morre em
uma mulher.
(D) o pai da medicina ser Hipócrates.
(E) o Prêmio Nobel foi concedido a 11 mulheres.
Ora, fica claro que o
termo “dessa situação” faz referência ao termo anterior que aponta que
a ciência não é feminina. Facílimo, não é mesmo ? Vocês só precisam voltar ao texto e identificar
o termo que está sendo substituído. Vamos treinar um pouco com os exercícios
abaixo: respondam as 5 questões e me mandem as letras escolhidas nos grupos de whatsapp da sala. Bom trabalho.
Vida
Quando era criança pura,
Moleque, danado e travesso.
Tudo que tocava levava
Ao mundo da fantasia.
Mas logo me tornei adolescente.
A confusão permeava minha mente.
Por mais que tentasse a magia,
Estavam fechadas as portas da fantasia.
Tempo passou, tornei-me adulto.
Sempre à procura do lado oculto.
Mas as viagens malucas
Continuavam presas à magia.
Logo chegou a velhice,
Aquela que tudo esclarece.
Que cochichou bem baixinho:
Sabedoria, só para quem a merece.
1) No verso “Que cochichou bem baixinho”, a
expressão destacada refere-se a
A) adolescente.
B) adulto.
C) criança.
D) sabedoria.
E) velhice.
O rio
O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua
beleza. O rio corria pela planície, contornando árvores e molhando grandes
pedras. Refletia o sol e era margeado por grama verde e macia.
O homem pegou o rio e o levou para casa,
esperando que, lá, ele desse a mesma beleza. Mas o que aconteceu foi sua casa
ser inundada e suas coisas levadas pela água.
O homem devolveu o rio à planície. Agora quando
lhe falam das belezas que antes admirava, ele diz que não se lembra. Não se
lembra das planícies, das grandes pedras, dos reflexos do sol e da grama verde
e macia. Lembra-se apenas de sua casa alagada e de suas coisas perdidas pela
corrente. FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova
Fronteira, 1985, p.13.
2) No trecho “... e se entusiasmou pela sua
beleza.”, o termo destacado refere-se à palavra
A) árvores.
B) pedras.
C) planície.
D) rio.
E) sol.
Tempestade
A noite se antecipou. Os homens ainda não a
esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não
estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as
lâmpadas pobres que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda cortavam
as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas. AMADO, Jorge. Mar
morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.
3) No trecho “... que iluminavam os copos...”,
o pronome destacado retoma o substantivo
A) homens.
B) luzes do cais.
C) Farol das Estrelas.
D) lâmpadas pobres.
E) saveiros.
Um pé de quê?
Antes de existir a cidade de Belém, vivia lá
uma tribo que sofria de falta de alimentos. Por isso, o cacique mandava
sacrificar todas as crianças que nasciam. Por ironia do destino, sua filha,
Iaçá, ficou grávida. Quando a criança nasceu, foi sacrificada. Durante dias,
Iaçá rogou a tupã uma solução para acabar com o sacrifício das crianças. Foi
quando ouviu um choro de um bebê do lado de fora de sua tenda. Era sua filha
sorridente ao pé de uma palmeira. Iaçá correu para abraçá-la, mas acabou dando
de cara com a palmeira. Iaçá ficou ali chorando até morrer. No dia seguinte, o
cacique encontrou Iaçá morta, agarrada à palmeira, olhando fixamente para as
frutinhas pretas. Ele as apanhou, amassou e fez delas um vinho vermelho
encarnado. Para os índios, aquilo eram as lágrimas de sangue de Iaçá. Por isso,
açaí, em tupi, quer dizer “fruto que chora”.
O açaí virou o prato principal dos índios da
região. Depois, foram chegando os portugueses, os nordestinos, os japoneses. E
o que se diz é que eles só ficaram porque experimentaram açaí. Almanaque
Brasil Socioambiental 2008. 2ª ed. São Paulo. outubro, 2007. Fragmento.
4) No trecho “Iaçá correu para abraçá-la,...” (.
6), no Texto, o pronome em destaque refere-se à
A) criança.
B) tenda.
C) filha.
D) palmeira.
E) Iaçá.
Resiliência : A arte de dar a volta por
cima
“Aquilo que não me destrói me fortalece”,
ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este poderia ser o mote dos
resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, são determinadas, ousadas
flexíveis diante dos embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar os
próprios erros e aprender com eles.
Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia
a dia exige grande desgaste de energia, muita competência e um número cada vez
maior de habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa, sobretudo nos
grandes centros urbanos, onde vivemos correndo de um lado para outro,
sobressaltados e estressados. Vivemos como aqueles malabaristas de circo que,
ofegantes, fazem girar vários pratos simultaneamente, correndo de lá para cá,
impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o movimento e não caiam ao
chão.
O capitalismo, por seu lado, modelo econômico
dominante em nossa cultura, sem nenhuma cerimônia empurra o cidadão para o
consumo desnecessário, quer ele queira ou não. A propaganda veiculada em todas
as mídias é um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem
continuamente o refrão: “comprar, comprar, comprar”.
Juntam-se a isso o trânsito caótico, a
saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas manchetes e as várias
decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como consequência, ficamos
frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita energia vital.
Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso
favor, pois cada vez mais encurta distâncias e agiliza a informação, de outro
ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e reluzentes
aparatos que se renovam continuamente. E assim ficamos brigando contra o...
tempo! KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38,
Edição 449, p. 60-61. Fragmento.
5) No trecho “Juntam-se a isso...”
(ℓ. 16), a palavra destacada refere-se
A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.
B) ao trânsito caótico nas grandes cidades.
C) às notícias ruins veiculadas pela mídia.
D) às necessidades vitais das pessoas.
E) às várias decepções do dia a dia.