Gênero Textual Conto
Currículo BNCC
6º e 7ºanos
Criar narrativas ficcionais (contos,
narrativas de enigma, crônicas, entre outros) que utilizem cenários e
personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura
narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo,
espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos
passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma
história e de inserir os discursos direto e indireto.
Habilidade EF67LP27
Analisar, entre os textos literários e entre estes
e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e
midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos
temas, personagens e recursos literários e semióticos
O conto é um gênero textual caracterizado por ser uma narrativa literária curta. Possui elementos bem marcados, sendo que o tipo de história pode indicar o tipo de conto que estamos lendo.
Elementos do conto
Para que
uma narrativa seja considerada um conto, alguns elementos são
muito importantes: personagens, narrador, tempo, espaço, enredo e conflito.
Personagens
As narrativas
(reais ou fictícias) precisam ter um ou mais seres vivenciando sua história.
Esses seres podem ser pessoas ou, até mesmo, animais, objetos e
seres imaginários que ganham vida e consciência para viver aquela história
— são as personagens da narrativa.
Narrador
É a voz que
conta a história dentro da narrativa. O narrador pode contar a história de três
maneiras:
Narrador-personagem:
quando uma das personagens que vivencia a história faz, também, o papel de
narrador, ou seja, uma das personagens narra a história. Por isso, muitas
vezes, os verbos são conjugados em primeira pessoa, mas podem também ser
conjugados em terceira quando o narrador-personagem conta o que acontece com os
outros personagens.
Narrador-observador:
esse tipo de narrador não participa da história. Ao invés disso, ele é apenas
uma “voz” contando o que acontece, narrando a história. Entretanto, assim como
o leitor, esse narrador não sabe o que se passa na consciência das personagens,
não sabe o que aconteceu no passado (anterior à narrativa) nem o que acontecerá
no futuro.
Narrador-onisciente:
assim como o observador, ele não participa da história. Entretanto, essa “voz”
é onisciente, ou seja, sabe de tudo no universo daquela narrativa: ela sabe (e
pode contar) o que as personagens estão pensando e sentindo. Também conhece (e
pode contar) o passado anterior à narrativa e o futuro.
Tempo
As narrativas passam-se em um período
determinado: trata-se do tempo de duração entre o início e o final da
narrativa e da época em que a narrativa ocorre. É mais comum que as
histórias dos contos aconteçam em pouco tempo (podendo ser minutos ou até
alguns dias), mas é possível que elas se passem durante muitos anos (em
qualquer um desses casos, a narrativa será breve por tratar-se de um conto).
Alguns contos são sobre histórias que se passam
nos dias de hoje, e outros podem passar-se em algum lugar do passado ou, até
mesmo, em um futuro imaginado pelo autor (e descrito pelo narrador da
história).
Espaço
Assim como o tempo, as narrativas precisam ocorrer em um espaço, descrito explicita ou implicitamente, onde as personagens situam-se. Novamente, por tratar-se de narrativa breve e curta, é mais comum que o conto ocorra em apenas um ou poucos espaços, mas ainda é possível que muitos cenários sejam percorridos durante a história (podendo ser apenas um pequeno cômodo de uma moradia, um país inteiro ou outra galáxia distante e imaginária). Em todo caso, a narrativa continuará sendo curta.
Enredo
É o que acontece na história, ou seja, a
sequência de ações que faz com que a narrativa exista e tenha uma estrutura: um
começo, um meio e um fim. Vamos falar mais sobre o enredo adiante.
Conflito
Por fim, os contos têm um conflito, que é uma
situação gerada por uma das ações iniciais (ou em uma das ações iniciais) e que
faz com que outras ações sejam tomadas pelas personagens para solucionar o
problema. Essa sequência de ações forma o enredo e, geralmente, deixa o começo
da narrativa diferente do final.
Estrutura do conto
Introdução (ou apresentação/equilíbrio
inicial): é o início da narrativa. Nela, podemos descobrir o contexto da
narrativa: quem são as personagens, qual é o espaço e o tempo nos quais a
história vai ser narrada e quais são os primeiros acontecimentos dela.
Desenvolvimento (ou complicação/surgimento do
conflito): apresenta as ações que modificam o estado inicial da narrativa.
Vemos o conflito (situação-problema) que fará as personagens agirem para
resolvê-lo.
Clímax: é o momento de maior tensão, quando o
problema está no auge e as ações tomadas definirão o rumo da história.
Conclusão (ou desfecho/solução do conflito): como o nome já diz, é o final da história, que será provavelmente diferente de como ela começou. Pode mostrar que o problema foi solucionado ou não, dependendo muito mais do tipo de conto que estamos lendo. Vamos conhecer esses tipos a seguir.
Tipos de conto
Conto de fadas (ou conto maravilhoso)
São narrativas curtas que possuem um elemento
“maravilhoso” em sua composição, ou seja, algo mágico ou sobrenatural. Não
existem explicações para as intervenções sobrenaturais que ocorrem na
narrativa; tanto personagens, quanto narrador e mesmo o leitor não se
impressionam com o que ocorre.
As personagens, lugares e tempos não são determinados historicamente, o que fica claro pelo início genérico do “Era uma vez”. Apesar disso, sabemos que sua origem é medieval, período aproximado em que se passa a maioria de suas histórias. Nesse tipo de conto, o leitor espera um final feliz e uma moral da história, o que costuma acontecer.
Conto de terror
Nos contos de terror, as histórias incluem os elementos sobrenaturais sem
aquele ar de naturalidade: trata-se dos contos de terror com personagens
lendários, como vampiros, lobisomens, mortos-vivos etc.
Aqui, já se vê uma diferença na percepção dos personagens diante dos fatos sobrenaturais e até o leitor fica assustado com a história. Nem sempre a narrativa acaba com final feliz.
Conto fantástico
Narrativas curtas que levam o elemento “absurdo”
a cenários e personagens do próprio cotidiano. São personagens comuns levando
uma vida comum até que algo absurdo acontece, algo que não poderia acontecer na
realidade.
É justamente a proximidade com a realidade do leitor que causa um maior estranhamento na história. O leitor busca uma explicação para o que ocorre (será um sonho?), mas não fica com medo como acontece nos contos de terror./
TRABALHO PARA OS 6 ANOS A/B/C
E 7 ANO C