Todo mundo conhece esse ditado popular, aparentemente tão banal, mas o que poucos sabem é que ele contém uma sabedoria muito antiga e exata, que deveria ser praticada por todos que queiram se manter com boa saúde – física, mental e emocional.
Muita gente não sabe o que o canto pode fazer pelo corpo. Por exemplo: cantar – com boa técnica, usando o diafragma corretamente – relaxa o corpo e promove uma massagem nos órgãos internos que pode até ajudar na prevenção (ou até a dissolução) de cálculos renais, ou obstruções na vesícula (quando ainda estão em estágio inicial). Isso se dá pela ressonância, quando cantamos sons agudos, que vibram justamente no tronco, quando esses sons estão bem apoiados pelo diafragma e pelos músculos abdominais. Fora isso, cantar é um excelente exercício aeróbico, podendo ser tão cansativo quanto uma aula de aeróbica. Basta lembrar que cantores de ópera precisam se alimentar com carboidratos antes de uma apresentação, pois gastam muitas calorias enquanto atuam, chegando a perder dois quilos numa única noite.
Em comparação ao canto popular, a emissão vocal operística é muito mais desgastante, já que exige um esforço e um controle respiratório muito mais intenso, com inspirações rápidas e muito volume sonoro na emissão vocal – na ópera o cantor projeta sua voz sem microfone (a não ser que o recital seja ao ar livre, onde não há acústica favorável). A voz ganha volume nas cavidades de ressonância do tronco (pulmões e traquéia), pescoço (a laringe) e cabeça (boca, cavidade nasal, seios frontais, seio esfenoidal e calota craniana). Logo, é o corpo do cantor(a) de ópera que amplifica o som. Mas não é necessário que ele(a) seja imensamente gordo como muitos pensam. Basta lembrar que o excelente tenor espanhol José Carreras (com um metro e setenta de altura) consegue rivalizar em volume sonoro com seu colega Plácido Domingo, que mede quase 1,90 m e é bem mais encorpado. O que faz isso acontecer é o uso eficiente de uma boa técnica vocal.
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